sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Canta, Gonzagão

A voz ainda ecoa saudosa
e melodicamente arrastada
os pés ainda sacodem
a poeira seca do sertão.

Círculos se formam enquanto o triângulo repica.
Replico, suplico.
Não sei se são as notas da sanfona
ou a marcação da zabumba
Qual deles me sustenta?
Qual deles me desequilibra?

Voz, ritmo e melodia
me elevam ao céu e me arrastam pelo chão.
Viro menino e volto adulto,
me apaixono e sinto saudade.

Xaxado, xote ou baião?
Luí, Januário: Gonzagão!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Raindrops keep falling on my head...

Eu nunca levo guarda-chuva.
Eu nunca me preparo pro pior.

Fico, da marquise, vendo a chuva cair
e molhando os pés.
Ou enfrento e vou embora
sentindo os pingos da não-precaução
na cabeça dura.

Eu nunca me preparo pro pior.
Quando as chuvas da vida vêm,
eu estou sempre sem guarda-chuva.