E na cidade rompe a aurora.
Com a velocidade da ciência
ultrapassa a paciência
das cidades de outrora...
Quando a pressa era inimiga da perfeição,
ritmo compassado dos cascos no chão,
um caboclo de vara na mão
era quem dava o tom da condução.
Me segura, radar!
onde eu quero tanto chegar?
corro pra não pensar.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Canta, Gonzagão
A voz ainda ecoa saudosa
e melodicamente arrastada
os pés ainda sacodem
a poeira seca do sertão.
Círculos se formam enquanto o triângulo repica.
Replico, suplico.
Não sei se são as notas da sanfona
ou a marcação da zabumba
Qual deles me sustenta?
Qual deles me desequilibra?
Voz, ritmo e melodia
me elevam ao céu e me arrastam pelo chão.
Viro menino e volto adulto,
me apaixono e sinto saudade.
Xaxado, xote ou baião?
Luí, Januário: Gonzagão!
e melodicamente arrastada
os pés ainda sacodem
a poeira seca do sertão.
Círculos se formam enquanto o triângulo repica.
Replico, suplico.
Não sei se são as notas da sanfona
ou a marcação da zabumba
Qual deles me sustenta?
Qual deles me desequilibra?
Voz, ritmo e melodia
me elevam ao céu e me arrastam pelo chão.
Viro menino e volto adulto,
me apaixono e sinto saudade.
Xaxado, xote ou baião?
Luí, Januário: Gonzagão!
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Raindrops keep falling on my head...
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
pé-de-moleque
Posto que
gosto é
gosto,
penso se o
gosto é
posto.
Pois se
gosto e
posto,
posto o
gesto, e
escondo o
rosto.
gosto é
gosto,
penso se o
gosto é
posto.
Pois se
gosto e
posto,
posto o
gesto, e
escondo o
rosto.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
O Choro que ainda há de ser um chorinho
Eu choro de Medo.
Eu choro
e é de Medo.
Medo de tudo, medo é feio.
Medo dos prédios, das armas,
das instituições políticas e sociais.
Medo das rezas, dos deuses, dos cantos, dos ritos, dos anjos,
dos poemas, da caneta e do lápis.
Medo do papel.
Medo de chorar.
Tenho medo do vidro de maionese,
medo dos chinelos, medo do homem.
Medo do dinheiro.
Medo do que se têm que vender
Medo do que não se pode comprar.
Medo de dormir, de acordar.
De não acordar eu tenho só um medinho.
Meu choro é do medo da vida, não do medo da morte.
Eu choro
e é de Medo.
Medo de tudo, medo é feio.
Medo dos prédios, das armas,
das instituições políticas e sociais.
Medo das rezas, dos deuses, dos cantos, dos ritos, dos anjos,
dos poemas, da caneta e do lápis.
Medo do papel.
Medo de chorar.
Tenho medo do vidro de maionese,
medo dos chinelos, medo do homem.
Medo do dinheiro.
Medo do que se têm que vender
Medo do que não se pode comprar.
Medo de dormir, de acordar.
De não acordar eu tenho só um medinho.
Meu choro é do medo da vida, não do medo da morte.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Renato ontem estava interessado em estranhar o comum.
Perguntava ele que sentido fazia as pessoas passarem sempre pelos mesmos lugares, perguntarem as mesmas coisas "E aí, tudo bom?" e depois tomarem o ônibus para a casa.
É engraçado pensar assim. Mas é engraçado também pensar que ele mesmo passa o dia vivenciando isso como qualquer outra pessoa dessas e no fundo ainda está refletindo todo o processo.
Ah, mas ao mesmo tempo ele questionava o fato de estar pensando em tudo isso. Perguntava (nas suas perguntas talvez retóricas e talvez irrespondíveis) como os filósofos mesmo conseguem pensar o mundo em que estão inseridos.
Ah, tinha uma coisa escrita sobre isso. Mas eu voltei a perder as coisas também.
Perguntava ele que sentido fazia as pessoas passarem sempre pelos mesmos lugares, perguntarem as mesmas coisas "E aí, tudo bom?" e depois tomarem o ônibus para a casa.
É engraçado pensar assim. Mas é engraçado também pensar que ele mesmo passa o dia vivenciando isso como qualquer outra pessoa dessas e no fundo ainda está refletindo todo o processo.
Ah, mas ao mesmo tempo ele questionava o fato de estar pensando em tudo isso. Perguntava (nas suas perguntas talvez retóricas e talvez irrespondíveis) como os filósofos mesmo conseguem pensar o mundo em que estão inseridos.
Ah, tinha uma coisa escrita sobre isso. Mas eu voltei a perder as coisas também.
terça-feira, 30 de junho de 2009
Voltou.
Ah, as coisas que vão
sempre voltam.
Se não voltam as coisas,
voltam fragmentos
Se não voltam fragmentos,
voltam lembranças
E se não voltam nem lembranças,
é porque nunca foram de verdade.
sempre voltam.
Se não voltam as coisas,
voltam fragmentos
Se não voltam fragmentos,
voltam lembranças
E se não voltam nem lembranças,
é porque nunca foram de verdade.
Assinar:
Postagens (Atom)